sexta-feira, 18 de abril de 2008
Ribeira do Pombal - Bahia
Ribeira do Pombal teve sua origem a partir de uma aldeia de índios kiriris ,ou cariris . Em 1667 os jesuítas padre João de Barros e o padre Jacob Rolando iniciaram a catequese com os índios e ergueram no lugar uma capela com o nome de Santa Tereza.
Pertencente a bacia hidrográfica do rio Itapicuru, a aldeia foi batizada de Canabrava de Santa Tereza de Jesus dos Kiriris.
Em 1758 por carta régia de 08 de Maio, estando no poder o Vice-rei D. Marcos de Noronha e Brito, 6º conde dos Arcos, sendo 1º Ministro o já conhecido Marquês de Pombal , seu parente por afinidade, extinguiram todos os aldeamentos. Em decorrência disso Canabrava passou a se chamar “Vila de Pombal” em homenagem ao Marquês de Pombal.
No mesmo ano (1758), a Vila de Pombal passou a ser município. Até 1760 a aldeia de Saco dos Morcegos pertencia ao município de Pombal, até que uma lei criou uma vila e depois o município de Mirandela, que novamente ficou anexada a Ribeira do Pombal, já que perdeu a condição de Vila e Município.
Em 1938 determina o governo federal o seguinte decreto: Lei Federal nº 311, art 10º (…) não haverá no mesmo país, mais de uma cidade ou vila com a mesma denominação.
Baseado nesse decreto, o governo do Estado da Bahia mudou o artigo, nome de Pombal para Ribeira do Pombal.
Depois de passar por várias cidades, Lampião fez uma visita ao Senhor Paulo Cardoso, para poder tomar café e também avisou que só estava de passagem. Receberam boa hospitalidade.
Depois de Lampião sair de Pombal, passou por várias cidades baianas. Em Queimadas realizou um dos maiores saques acompanhado por vários outros crimes. Logo depois, mandou uma carta para o Senhor Cardoso pedindo uma soma exorbitante em dinheiro. Mesmo reunindo todo o dinheiro da vila, não dava para pagar a quantia, assim temendo a represália o Senhor Cardoso deu aproximadamente metade da quantia e uma convincente desculpa. Depois disso, Lampião invadiu a Vila de Mirandela, ocorrendo um massacre.
Essa Coluna passava por vários municípios, esclarecendo o povo sobre a conscientização política. Esses jovens passaram em Ribeira do Pombal no dia 26 de julho de 1926, só que ao contrário das pessoas das outras cidades, os pombalenses os receberam com festas e muita comida. Assim foi recebido o Cavaleiro da Esperança, Luís Carlos Prestes (líder da movimentação).
Os integrantes da Coluna Prestes, também conhecidos como “os revoltosos”, formaram o Partido Comunista Brasileiro.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Nossa cultura
Várias bandas surgiram em nossa região nos últimos anos, algumas delas foram verdadeiras surpresas em se tratando de qualidade, chegando mesmo a surpreender, hoje lutam por existir em meio a grande competição com àquelas possuidoras de acesso à grande mídia.
Artistas, como Nailton Félix (cordelista e repentista), Márcio (cantor), Edílson (cantor e professor de violão), Geovane Bitencourt (pintor e poeta), Josivânia Reis (pintora), Juscelino Oliveira (cordel, crônicas, etc), José Jadson Rocha (poesia), José Kadjon (poesia) dentre tantos outros, continuam fazendo um trabalho de resistência cultural importante.
Os extintos grupos de teatro Sementes Odara, Fiapo de Manga no Dente, Étimus (do qual fizeram parte Osvaldo Morais, Walter Lajes, Paulo Ferreira e Fábio Amorim), e outros, deixaram saudades para os amantes da dramaturgia. Pequenos grupos sobrevivem em nossa cidade.
Outros surgem com o alvorecer de cada dia, com bons trabalhos, como é o caso da poesia de Renata Nascimento, Pedro Mel, Rui Cláudio… E não esquecendo dos novos artistas quem estão surgindo a cada dia como Banda Marcelo de Dunga, Banda Ballagandan, O magnata do Brega (Jorge Ander), Mistura Quente... Não poderíamos citar todos por falta de espaço.
ECONOMIA POMBALENSE
Destacam-se o gado bovino e a criação de galináceos. Ambos apresentam aproximadamente trinta mil cabeças. Anualmente o município apresenta a seguinte realidade:O leite de vaca contribui com a renda de aproximadamente um milhão e meio de reais. O mel da abelha, que está em expansão, produz cerca de 75.000 kg e contribui com a renda de 800.000 reais.
Na agricultura, temos produções diversificadas, como exemplo de lavouras permanentes. Podemos citar três grandes lavouras: A castanha de caju, que dá para os agricultores cerca de 630.000 reais; a banana dá lucro de 46.000 reais; o coco-da-bala contribui com 12.000 reais; a manga, que não é tão doce, contribui com 240.000 reais. As lavouras temporárias tem quatro produtos que se destacam na época de sua colheita: O feijão contribui com quase dois milhões de reais, a cana-de-açúcar mais de 50 mil reais, a mandioca com 780.000 reais e o milho com 1.000 reais.
Festa de Santa Teresa D'ávla (ou de Jesus) - Nossa Padroeira
A oposição se desenvolveu entre as Carmelitas (calçadas)e membros da Ordem original e o Consilho de Piacenza em 1575 restringiu muito as suas atividades. A rixa continuou até que o Papa Gregório XIII (1572-1585) a pedido do Rei Felipe II, da Espanha, reconheceu as Reformadas Carmelitas Descalças como uma província separada da Ordem das Carmelitas originais. Nesta altura a maturidade espiritual de Santa Tereza era evidente e os seu livros e cartas foram sendo conhecidos e passaram a se tornar clássicos da literatura espiritual e logo incluíram sua autobiografia chamada "O caminho da Perfeição" e o seu livro "Castelo Interior" como clássicos da teologia espiritual. Santa Tereza foi reverenciada como uma grande mística, tendo notável senso de humor e bom senso, combinando uma deslumbrante atividade, com uma mística contemplação. Ela morreu no dia 4 de outubro de 1582 (14 de outubro pelo calendário Gregoriano que entrou em efeito no dia seguinte a sua morte, e avançou o calendário por 10 dias).Ela foi canonizada em 1622 pelo Papa Gregório XV e foi declarada Doutora da Igreja em 1970 pelo Papa Paulo VI.
Região dos índios Quirirís integrava, em meados do século XVII, o vasto território pertencente aos D’Avilas da Casa da Torre, que inicialmente combateram em seus domínios as missões religiosas por se julgarem prejudicados em seus direitos. Em 1675, entretanto, Francisco Dias D’Avila prometeu ajuda às missões dos Quirirís, facilitando assim, o desenvolvimento da região. O Município originou-se de uma aldeia de Índio Quirirís, cuja catequese teve inicio em 1667, quando os padres jesuítas, João de Barros e Jacob Rolando, ali se estabeleceram e construíram uma capela, dedicada a Santana Tereza de Jesus.
A Aldeia chamou-se inicialmente Cana Brava, ou melhor, Santa Tereza de Canabrava, como era mais conhecida. Localizada no caminho para o rio São Francisco, Canabrava ficou muito conhecida na época como pouso dos viajantes que se dirigiam para aquele rio. No início do século XVIII o Colégio da Bahia mantinha, nas proximidades, algumas fazenda de gado bovino e de cultura de mandioca, milho e outros cereais, o que fortaleceu a exploração agropecuária local. Em 1754 foi criada a freguesia, que tomou o nome de Pombal por ser seu pároco o padre João Campos de Cerqueira Pombal, parente do Marquês de Pombal.
A carta Régia de 8 de maio de 1758 criou o Município, tendo sido instalado nesse mesmo ano pelo ouvidor de Sergipe, Miguel de Aires Lobo de Carvalho. Em virtude dos Decretos estaduais ns. 7.455 e 7.479, respectivamente de 23 de junho e 8 de julho de 1931, foi extinto o Município e seu território anexado ao de Cipó. Restaurou-o, porém, o Decreto nº 8.643, de 19 de setembro de 1933.
Evangelizada nos seus primórdios pelos padres Jesuítas dedicados à catequese dos Índios. Ribeira do Pombal possuiu os seguintes vigários segundo consta nos arquivos desta paróquia:
1. Padre Bernadino Borges – 1808
2. Antonio José Pinheiro – 25/12/1817
3. Padre Bernadino Eduardo Borges – 13/06/1821
4. Padre Manoel dos Santos – 22/02/1824
5. Padre Luis Pedro Borges Franco – 25/12/1824
6. Padre José Zacarias Souza – 23/07/1828
7. Padre Luiz Pedro Borges Franco – 25/12/1828
8. Padre José Zacarias Souza – 25/12/1829
9. Padre José Diogo Coimbra – 25/05/1839
10. Padre João Vieira de Souza – Vig. colado – 26/07/1832 a 1843
11. Padre Alexandre Jesus de Mendes – 1856 a 1877
12. Padre Vicente Valentim da Cunha – 02/09/1895
13. Padre Alexandre Secumdiano Borba – 15/05/1896
14. Padre José Mendonça – 08/01/1910
15. Padre Dr. Antonio Gaitto – 07/02/1914
16. Padre Zacarias Cerqueira Matto Grosso – 26/07/1916 a 08/07/1923
17. Monsenhor Francisco Berenguer – 11/10/1931
18. Padre Zacarias Cerqueira Matto Grosso – 22/07/1934
19. Padre José Soares França – 03/02/1935
20. Padre Francisco de Assis Silva – Vg. Ecônomo – 10/05/1936 – (nomeado por D. Hugo Bressane de Araújo – Bispo diocesano de Bonfim)
21. Padre Antonio da Rocha Pimenta – 01/11/1937
22. Padre Aníbal Coelho C.M.F. – 23/11/1938
23. Padre Francisco de Assis Silva – 20/01/1939
24. Padre Epifânio da Costa Borges – 07/03/1943
25. Padre Emílio Ferreira Sobrinho.
A tradicional Festa de Outubro
São momentos inesquecíveis para a nossa população e visitantes, realizado no Ferreirão, monta-se uma estrutura de grande porte como: palco, som, iluminação, grandes atrações, vaquejada, exposições, parque de diversões, muitas barracas de comidas e bebidas e sem fugir de suas tradições recebe anualmente público recorde.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Filarmônica XV de Outubro
terça-feira, 15 de abril de 2008
Festas que viraram tradição
O Evento:
O "Arrasta Jegues", já em sua 6 edição, é um evento realizado entre amigos, que dá início às comemorações e festejos juninos na cidade de Ribeira do Pombal.
Com vestimentas irreverentes características do São João (camisa, chapéu, caneca, bota), o "Arrasta Jegues" agrada a seus participantes, que circulam por toda a cidade, e atrai muitos curiosos e admiradores. O evento se solidifica e se concretiza como uma festa tradicional em Ribeira do Pombal.
Contando com shows ao vivo de várias atrações, neste ano a festa será realizada no dia 31 de maio, tendo seu início previsto para as 11:00hs da manhã, com a apresentação à população, desfile pela cidade e encerramento no Hotel A Kaskata.
Objetivo do evento:
A festa tem como principal intenção proporcionar momentos de puro lazer, prazer e interação entre seus participantes e o público presente, bem como criar uma nova manifestação cultural em nossa cidade, comemorando o São João, época em que a sociedade pombalense estava carente de evento desta natureza.
O "Arrasta Jegues" pretende elevar o nome da cidade de Ribeira do Pombal no cenário festivo da região, além de movimentar a economia local através de confecção de camisas, consumo de bebidas, comidas, contratos de aluguel de carroças, animais e mini-trio, bem como contratações de atrações musicais, compra de chapéus, canecas, etc, tudo em decorrência da realização do evento.
Além disso, nesta edição, os integrantes do "Arrasta Jegues", em um gesto altruísta, conscientes de seu papel social, realizam uma campanha de arrecadação de alimentos não-perecíveis para posterior doação às famílias mais carentes e necessitadas do nosso município.
Público alvo:
O "Arrasta Jegues" contagia toda a sociedade pombalense e seus visitantes. Crianças, jovens, adultos e idosos prestigiam o evento e se empolgam com a alegria e irreverência de seus participantes. Todos, de forma ansiosa e carinhosa, aguardam na frente de suas residências, a cada ano, a passagem do "Arrasta Jegues" nas avenidas e ruas da nossa cidade.
O "Arrasta Jegues" também mobiliza o comércio local e regional e toda a imprensa, que apóia na cobertura total do evento.
Idealização do Arrasta Jegues
A idéia do evento surgiu de uma conversa entre amigos, que, a caminho da faculdade na cidade vizinha, resolveram que podiam escolher uma data que não estivesse no calendário festivo de Ribeira do Pombal, para proporcionar uma reunião dos vários amigos que residiam na cidade e de outros que já haviam partido.
Quando se encontraram em um dos feriados, compartilharam a idéia com os outros amigos e, reunidos todos, acharam por bem definir a época junina como a ideal para a realização da simples, mas grandiosa festa para os seus participantes.
O mascote escolhido para simbolizar e reconhecer o evento foi o jegue (jumento), apresentado e aprovado pelos amigos, por ser ele uma figura marcante na luta do sertanejo que somos!
Assim, no dia 09 de Junho de 2002 (Domingo), teve início o encontro de amigos denominado "Arrasta Jegues", que contou com 40 componentes na sua 1 edição, com vestimentas a caráter da época junina (camisa, chapéu de palha, botina), em montaria de jegues, carroças, ao som de mini-trio e sanfoneiros.
Circulando por várias avenidas, ruas e praças de nossa cidade, com paradas em vários bares ao longo do percurso realizado, que são os pontos de apoio para reabastecimento dos componentes e apresentação de quadrilha junina, o grupo de amigos e carroças traz alegria por onde passa.
Assim, idealizado e concretizado, o "Arrasta Jegues" trouxe a nossa cidade uma nova forma de diversão e com muitas brincadeiras, alegria e emoção, os seus componentes demonstram o carinho e a união entre amigos, além de muito amor por nossa estimada cidade Pombal.
Eguinha Pocotó....
A festa se realizará esse ano no dia 07 de junho, a partir das 14:00 h, sem ter hora para acabar. A 4ª edição do Arrasta Eguinha Pocotó é só alegria...
O Trenzinho dos homens
Em 02 de junho de 1996, um grupo de amigos formado por: Zé da Floresta, Zé de Siné, Coió, Dr. Zeronildes, e Narciso decidiram fundar algo que animasse a cidade no mês de junho, depois de varias tentativas surgiu à idéia do trenzinho.
Saíram de casa em casa convidando vários amigos para participarem, hoje com 12 anos de existência os Amantes do Forró (nome denominado ao grupo), animam a nossa cidade no período das festas juninas, trazendo alegria e descontração para as famílias Pombalenses .
Seguindo a tradição, todos os anos tem inicio as 6:00 da manha, passando pelas casas dos fundadores do grupo percorrendo as ruas da nossa cidade e finaliza as 17:00 horas, deixando saudades de tanta animação.
Trenzinho das Mulheres
Em 2000, ao observarmos o “Trenzinho dos Amantes do Forró”, sentimos a necessidade de também termos um trenzinho feminino. Foi quando Ana, Alexa e Claunir tiveram a idéia. A partir daí, vários encontros foram feitos, idéias surgiam toda vez que falávamos com o pessoal dos Amantes do Forró e pesquisando a forma como eles trabalhavam, enfim, após 2 anos, surge o Grupo “Apaixonadas do Forró”, inspiração também advinda do nome Amantes do Forró. Partimos com fé e determinação. Começamos a fazer o primeiro convite: a primeira pessoa a aderir o projeto foi Lourdes de Santana, a segunda foi Rosa da Brahma. A partir daí começamos a ter injeção de ânimo, e a cada adesão vibrávamos de alegria. Não poderíamos esquecer que as convidadas deveriam ser da família dos Amantes do Forró. Nada melhor que as mulheres dos participantes do grupo masculino e aos poucos foram se chegando. O primeiro ano (2002), ainda com um certo receio e dúvidas de que daria certo, saímos com 46 participantes, que passaram a ter o cartão fidelidade. Só podíamos colocar outras pessoas se alguém desistisse, porque foram essas pessoas que acreditaram e incentivaram que seríamos capazes. Com o sucesso do primeiro ano, viramos tradição da cidade, sendo o sábado o trenzinho dos homens e domingo o trenzinho das mulheres, e sempre um ajudando o outro. Os homens achando o nosso engraçado e incentivando, como mulher é mais amostrada, diziam que o nosso é o mais animado, mas não podemos esquecer que animada mesmo é a cidade que acorda junto com a nossa alegria.
No segundo ano, nem bem começávamos a procurar, as mulheres já nos paravam na rua para guardarmos vaga. Devido ao sucesso, aumentamos. O trem já não cabia e no 3º ano criamos carro de apoio, mas mesmo assim não cabiam todas. Chegou até ser engraçado, pois muitas não se incomodaram e foram andando. A comissão aumentou a partir daí. Fizemos o convite a duas já participantes, Daniela e Lúcia. Desde então o grupo permanece junto com o intuito de, a cada ano renovar o prazer de cada rosto alegre que vemos nas ruas, nas casas durante nosso desfile. Sabemos que nossa cidade não tem festejos juninos e por mais esse motivo é que temos orgulho e satisfação de alegrar nosso povo.
^.^ Campeonato Pombalense ^.^
O nível do campeonato pombalense é muito elevado, levando em consideração se tratar de uma competição amadora. Os times investem bastante e trazem jogadores profissionais que atuaram ou atuam em times que disputam certames profissionais.
Sempre que há jogo, um bom público comparece ao Ferreirão. Em 2005 no jogo Santos x Príncipes, mais de 4.000(quatro mil) torcedores assistiram à partida. Este é considerado o público recorde dessa competição.
Os times campeões das 03(três) últimas edições são: Vasco (bi-campeão – 2005/2006) e Flamengo (2007).
Este ano 04(quatro) times mantêm chances de chegar a grande final, que será disputada no dia 04(quatro) de maio. Vasco, XV de Outubro, Nova Esperança e Fazenda Aracajú (atual campeã da Copa Rural) e que participa pela 1ª vez do municipal.
O municipal tem a realização de Liga Pombalense de Desporte e Prefeitura Municipal de Ribeira do Pombal.
03(três) emissoras de rádio fazem a cobertura de todos os jogos: Canabrava, Pombal FM e Educadora...
Fonte: Mark Viana, locutor da Pombal FM.
Bacamarte e Banda de Pífano
Muitas são as especulações em torno da origem do Brinquedo Bacamarte. Concentra-se, com mais rigor, a versão de que a brincadeira tem origem nas comemorações dos que voltaram da genocida Guerra do Paraguai. Com relação à arma grande parte dos pesquisadores opina que tem sua versão original no Clavinote holandês do séc. XVII ou na Granadeira do Sistema Miniée francês, de meados do séc XIX.
A arma é citada em Os Sertões, por Euclides da Cunha, como parte do arsenal bélico dos “fanáticos” na histórica e altiva Canudos do beato Antônio Conselheiro.
Em 1966, o I.J.N.P.S. publicou, de Olímpio Bonald Neto, o livro Bacamarte, Pólvora e Povo, pelas Edições Arquimedes – RJ, desencadeando debates e estudos sobre o assunto.
Depois de longo período de ações espontâneas, às vezes de até um único indivíduo, surgiram grupos no sertão do estado, vindo a predominar, motivados pela vocação artesanal e comercial, na Princesa do Agreste, como é conhecida a cidade de Caruaru.
Estima-se que em 1930 cerca de 600 homens foram vistos, “vestidos de mescla azul, alpercatas e chapéus de palha quebrados na testa”, desfilando “pela rua da Matriz, sob o comando do fazendeiro Antônio Martins, então apaixonado pelos tiros no Monte Bom Jesus”, nos relata Olímpio Bonald.
Comunga-nos a pesquisa supracitada que “José Martins Filho, descendente de grande fazendeiro da região” agrestina “desde criança ouvia os mais velhos referirem-se aos atiradores de João Barbosa, avô do capitão Eliel, que viveu entre os fins do século XIX e os primeiros decênios do século XX”.
Muito estreita é a relação do brinquedo com o misticismo religioso e, tanto em Juazeiro quanto em São Severino dos Ramos, “os romeiros detonam as suas armas saldando dívidas de saúde ou de fortuna”. Grande parte dos grupos cumpre ritual religioso de apresentação das armas em frente à igrejas e de saudações aos santos padroeiros ou festejados.
Muitos líderes e atiradores marcaram presença em suas estâncias tornando-se vultos das histórias oral e escrita dos povos, como o capitão Eliel, do 333, e o major Emídio, do Ouro do Batalhão Independente, que substituiu o capitão Eliel quando este se ausentou, forçado pela sina malograda dos retirantes em busca da sobrevivência, para terras que não a sua.
Encurtando a história, de forma espontânea e como se a compensar os infortúnios e desilusões do até hoje ultrajado povo brasileiro, a brincadeira chegou ao século XX, ocupou espaços urbanos, como o Sítio da Trindade, o Caxangá Golf Club, o Pátio de S. Pedro… E, como pólo industrial em ascensão desde a década de 1950, o Cabo, a partir do encontro de sete emigrantes sertanejos e agrestinos e um cabense, iniciou-se o grupo no município, formando a primeira Sociedade de Bacamarteiros enquanto pessoa jurídica em 1º de maio de 1966, existente até hoje.
Além desses aspectos de organização, como o estatuto e a orientação regimental, o Cabo inovou com suas armas niqueladas e um corpo de enfermagem para atendimento de primeiros socorros.
A Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo, comandada à época pelo torneiro mecânico Zé da Banha, se tornou um dos maiores grupos do estado e efetivou participação de destaque nos festejos juninos de toda região metropolitana, principalmente na capital.
É importante lembrar que, antes do Zé da Banha, muitos bacamartistas isolados detonaram suas riunas no nosso território, tendo na figura de Manuel Pão sua maior expressão, remontando os idos de 1870, como foi resgatado pelo historiador Israel Felipe no Arquivo Público – imprensa oficial, Recife, 1962, pág. 244, e publicado na sua minuciosa História do Cabo.
Infelizmente, no ano passado, cinco pessoas atiraram nos Trens do Forró em detrimento da tradicional Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo, que depende desses contratos sazonais para garantir o desenvolvimento do grupo. Exclusão como aquela nos tira do páreo de pujança onde estivemos e que hoje se reserva a grupos de municípios sensíveis à causa da cultura nacional.
Este ano a Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo abriu a maior festa da cultura regional, a Festa da Lavadeira, participou da organização e vai compor o Encontro de Bacamarteiros do Recife, promovido pela Fundação de Cultura, do Encontro de Bonito, de Moreno e de Abreu e Lima.
Torcemos para que sejamos parte da programação joanina em nosso município este ano, para rememorarmos a descrição de Israel Felipe quando diz que “o Cabo realizou as maiores festas joaninas de Pernambuco entre 1870 e 1914…” E para podermos vislumbrar nosso povo mais perto de si mesmo, ou seja, de sua identidade cultural.
Quadrilhas de São João
É uma dança típica das festas juninas, dançada principalmente, na região Nordeste. Tem como origem as velhas danças populares de áreas rurais da França (Normandia) e da Inglaterra. Foi introduzida no Brasil, no Rio de Janeiro, possivelmente no ano de 1820, por membros da elite imperial. Durante o Império, era a dança preferida para abrir os bailes da Corte. Depois se popularizou saindo dos salões palacianos para as ruas e clubes populares, com o povo assimilando a sua coreografia aristocrática e dando-lhe novas características e nomes regionais.
Em nossa cidade essa tradição começou ainda quando era uma vila de passagem de tropeiros, há mais de 300 anos, tanto na vila como na área rural. A tradição vive nas festas populares, nas escolas, mas principalmente na famosa Quadrilha da Rua da Ribeira (pé no chão), (na liderança do artista popular Cícero Cavalcante), e na Quadrilha da Rua Ana Brito. Outras ótimas quadrilhas também são montadas nos povoados e localidades como Cova da Árvore, Barrocão, Nova Esperança, Boca da Mata, Feira da Serra, Faz. Diamante, Bairro do Pombalzinho, entre outras.
Vaquejada
NO NORDESTE DO BRASIL, COMO TUDO COMEÇOU Pelos meados da década de 40, mas sem registros precisos de data, a corrida de mourão começou a se tornar um esporte popular na região nordeste, na medida em que os vaqueiros das fazendas do sul da Bahia ao norte do Ceará, começaram a tornar público suas habilidades e de seus cavalos na lida com o gado. O rebanho, criado solto na caatinga e no cerrado, era manejado pelo sertanejo com muita dificuldade, devido a quantidade de espinhos e pontas de galhos secos que entrelaçavam seu caminho; os laços quase sempre ficavam atados às selas enquanto os vaqueiros faziam verdadeiros malabarismos, com o animal em movimento, para escapar dos arranhões e derrubar, pelo rabo, o animal que estivesse precisando de alguma assistência. Com o passar do tempo as montarias, que eram basicamente formadas por cavalos nativos daquela região, foram sendo substituídas por animais de melhor linhagem. O chão de terra batida e cascalho, companheiro dos peões aboiadores "de sol a sol", deu seu lugar a uma superfície de areia, com limites definidos e um regulamento. Uma banda de forró, dois repentistas e muita mulher bonita, acabaram fazendo do nordestino de hoje, sem o laço e sem o gibão, um desportista nato e orgulhoso de suas raízes. Com o passar do tempo, o esporte se popularizou de tal forma que existem clubes e associações de vaqueiros em todos os estados do nordeste, calendários com datas marcadas e até patrocinadores de peso, dando apoio aos eventos, que envolvem um espírito de competição e um clima de festa capaz de arrastar multidões e "embriagar" de emoção quem dele participa. A vaquejada é a festa mais popular e tradicional do ciclo do gado nordestino. De início a vaquejada, marcava apenas o encerramento festivo de uma etapa de trabalho. Reunir o gado, ferrá-lo, castrá-lo e depois conduzi-lo para a "invernada" onde ainda existissem pastos verdes - esse era o trabalho essencial dos vaqueiros. Os coronéis e senhores de engenho, após perceberem que a vaquejada poderia ser um passatempo para as suas mulheres, e seus filhos, tornaram a festa um novo esporte. Quando perceberam que a vaquejada poderia ser um esporte os coronéis e senhores de engenho começaram a organizar algumas disputas, onde os participantes eram os seus vaqueiros. Atualmente, a vaquejada é uma festa que se comemora sobre um cenário em que dois personagens essenciais são os bois e o vaqueiro. Estas festas tinham como principais características: - Os participantes eram apenas os vaqueiros dos coronéis.- Os coronéis faziam apostas entre si.- Não existiam as famosas inscrições.- Não existiam premiações para os campeões- Os coronéis davam um "agrado" para os vaqueiros que ganhavam.
Após alguns anos de vaquejada como sendo um esporte restrito aos vaqueiros de senhores de engenho ou de coronéis, pequenos fazendeiros começaram a promover algumas vaquejadas, onde para se participar era preciso apenas que se pagasse uma pequena quantia em dinheiro, e era concedido ao vaqueiro que tinha pago, a oportunidade de se participar da festa, algumas regras foram criadas para este novo modelo de vaquejada.
Cada dupla teria direito a correr três bois, onde o primeiro boi teria um valor de pontuação correspondente a 8 (oitos) pontos,o segundo boi 9 (nove) pontos, e o terceiro boi valendo 10 (dez) pontos, estes pontos eram somados e no final era feita a contagem de pontos, a dupla que somasse mais ponto era considerada a campeã, e recebia um valor em dinheiro. Este tipo de vaquejada foi, e ainda é popularmente chamado de "Bolão". Aqui estão algumas palavras tiradas dos peões da VAQUEJADA no Nordeste.Peitoral - É a faixa de couro para proteger o peito do animal de possíveis acidentes na pista. Véstia ou gibão - Espécie de casaco que o vaqueiro veste sobre a camisa.
Guarda Peito - Tem a finalidade de proteger o tórax do vaqueiro. É ligado por correias ou tiras em forma de X, por trás dos ombros.
Perneiras ou guardas - O vaqueiro veste para proteger-se até a cintura contra espinhos ou outros riscos em sua ação na pista.
Boi riscado - Quando o boi pára bruscamente.
Mandioqueiro ou Jacu - Vaqueiro iniciante.
Afundar a mão - O vaqueiro impulsiona mão para baixo no momento em que se prepara para derrubar o boi.
Sair do boi - Cavalo bom que muda de direção na hora da derrubada.
Queimado - O boi que cai tocando a marca de cal nos 10 metros.
Boi chiado - Boi de fora para dentro da faixa.Afrouxar - Abrir a mão na hora da derrubada.Abrir a tampa - Soltar o boi.
Rabo da Gata - Vaqueiro chamado e não comparecido, ficando, então, para correr no último rodízio.
Valeu Boi - O boi foi válido e os pontos são computados para o final.
Arrocha o Nó - Não abrir a mão no momento em que for derrubar o boi.
Zero - O boi não foi válido para a contagem de pontos.
Ficou no meio - O vaqueiro cai do cavalo no meio da faixa.
Fonte: http://irara.com.br/vaq2000.htm
História da Vaquejada de Ribeira do Pombal - Pioneira da Bahia
Por: Adelmo Rodrigues
Aqui se trata do seu crescimento durante todos esses anos, em síntese pretendo mostrar como foi sua evolução desde seu nascimento até os dias atuais, passando pela apartação até a "cura" do gado. Atualmente com os circuitos regionais e campeonatos a vaquejada vem se tornando cada vez mais um esporte dinâmico, porque é uma prática voltada para incentivar um esporte tipicamente nordestino e que resgata muito a imagem do vaqueiro herói, homem de fibra e sertanejo de coragem. É um evento cercado de charme, emoção e, quem diria, tecnologia, que atinge um sucesso enorme se propondo a romper fronteiras, exportando nossos modelos de organização para prática de derrubar boi.
Ao longo de muito tempo a vaquejada vem evoluindo bastante, se tornando realmente uma festa grandiosa, mobilizando uma quantidade significativa de pessoas em torno do mesmo motivo.
Evoluíram regras, dos padrões e a estrutura, possibilitando ao esporte ocupar um espaço de respeito na mídia. O crescimento da vaquejada também provocou uma disputa entre as cidades para ver quem proporciona a melhor infra-estrutura, melhor assistência ao público em questão, uma competição sadia que engrandece o esporte e hoje graças a uma lei federal, o vaqueiro é reconhecido como um profissional.
Não há registro de vaquejada no século XIX existe registro de uma vaquejada em Surubim-PE no ano de 1934 e, outra na cidade de Itapebussu-CE no ano 1945.
Na Bahia vem através das andanças do Sr. Antônio Reis (conhecido como Toinho da Boca da Mata) pelo o estado Pernambucano, conhecendo assim a vaquejada. Juntou-se com os amigos Segismundo Macedo, Zé Amarelo e família fazendo a primeira vaquejada do estado no povoado Boca da Mata, transferindo a mesma para a sede do município na década de 1960.
Assume em Janeiro de 2005 o governo Novo Tempo, resgatando a nossa segunda paixão nacional perdendo apenas para o futebol. É quando o governo UM NOVO TEMPO realiza a maioria vaquejada do Brasil de portões abertos, trazendo os melhores locutores, juizes, facheiros, equipe de curral, a TV Diário (programa Vaquejada do Ceará), filmagem na pista com telões, show pirotécnico, sonorização da Pitú, assistência médica veterinária e humana, diversas bandas, e um grande número de vaqueiros de diversos estados brasileiro recebendo a premiação em dinheiro, coisa inédita na vaquejada.
Ribeira do Pombal, realiza e no ano de 2007 no mês de outubro a 40º vaquejada, sendo a terceira do governo UM NOVO TEMPO, que mostra um exemplo prático do sucesso que é o esporte quando feito embasado no binômio conforto segurança a bem sucedida vaquejada do parque Segismundo Macedo que é a prova concreta de que quando existe força de vontade, organização e competência o sucesso e consequência.